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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Estudo do Livro 1 João

Autoria:

Entre a maioria dos eruditos atuais, não a duvidas que o apostolo João, conhecido como discípulo amado (Jo 13.23), e filho de Zebedeu (Mc 1.19,20) é o autor de 1 João, assim como das demais cartas trazem seu nome, do quarto evangelho e do livro de Apocalipse. Esses mesmos historiadores e biblista também afirmam que João, filho de Salomé (irmã de Maria)

que era primo de Jesus (Mt 27.56; Mac 14.40; 16.1 Jo 19.25).

Algumas dificuldades quanto a autoria desta epistola foram levantadas durante a historia da igreja.

Em primeiro lugar, alguns críticos observaram o fato de a própria carta não apresentar seu autor como a maioria das epístolas do novo Testamento. Além disso levantaram as questões das limitações acadêmicas do apostolo João, um modesto filho de pescador (assim como o apostolo Pedro )que não teve acesso aos estudos rabínicos formais e clássicos da espoca

Contudo as respostas a esta questões começam bem cedo, na própria igreja primitiva e por meio dos pais da igreja, que confirmaram a autoria da obra canônica do apostolo João. O primeiro a reconhecer e autorizar a autoria e a canonidade desta carta e da obra de João foi Irineu, por volta do ano 140 d.C., segui por Clemente de Alexandria (150-215 d.C.,), Tertuliano (155-222 d.C.,) e Orígenis (185 d.C.) . O etilo do evangelho segundo segundo João é absolutamente semelhante

1 João (veja algumas comparações: 1 Jo 1.1 com João 13.34-35; 1 Jo 3.14 com João 5.24; 1 Jo 5.9 com João 5.32,37 entre outras). As duas redigidas em grego Koiné (Popular) de uma forma bem simples. Alem disso, “iletrado não significa “analfabeto”, e a família de João era proprietária de uma empresa de pesca, e não apenas de um ou dois barquinhos (Mt 4.21),o que certamente tenha proporcionado ao apostolo bons professores durante seu longo tempo de vida e ministério. Quanto ao fato de usar de modéstia ao referir se ao seu titulo eclesiástico devemos lembra que o próprio apostolo Pedro agiu da mesma maneira (1 Pe 5.1), provavelmente uma atitude deliberada de lançar o foco da sua atuação ministerial sobre a “supervisão espiritual de seus filhos e netos da fé Cristã” (uma tradução da expressão grega presbíteros – Anciãos).

Propósitos

O conteúdo desta carta demonstra o grande amor e carinho espiritual que o apóstolo João tinha por seus “filhinhos na fé”, bem como sua preocupação com a correta evangelização do mundo. O estilo joanino é inconfundível em sua obra, posto que ele emprega ”ilustrações contrastantes” em

Profusão: a luz e trevas ( 1.6-7; 2.8-11); amor ao mundo e amor a Deus (2.15-17); filhos de Deus e filhos do diabo (3.4-10); o Espírito de Deus e o espírito do anticristo (4.1-3) amor e ódio (4.7-12, 16-21)

O gnosticismo, que na espoca de Pedro já provocava algumas baixas espirituais expressivas na igreja, e ainda em sua forma embrionária e primitiva, agora acha também atenção de João e o leva a escrever combativamente, buscando livrar a igreja desse diabólico engano. Os Cristão estavam por uma forma ceríntiana da filosofia gnóstica (expressão derivada do grego gnosis, que significa conhecimento) que questionava o fato de Jesus ser perfeitamente humano.

Essa heresia helenista tinha apelos racionais bem ao gosto dos pagãos, como dualismo e a libertinagem, e repudiava qualquer forma de restrição moral.

Por essa razão, João escreve essa sua primeira epistola (considerada sua primeira carta circular às igrejas da província da Ásia) como dois objetivos fundamentais: desmontar todos os argumentos filosóficos heréticos que estavam aliciando os cristãos em toda província da Ásia naquele momento (2.26); e, reafirmar ao crentes da conviquição da salvação em Cristo, perfeitamente Deus e perfeitamente Homem (5.13). Pra tanto, João foi contundente e atacou flagrante falta de moral dos falsos mestres que viviam no meio da igreja de sua autoridade como testemunha ocular deidade e humanidade de Jesus, confirmando a fé dos seus leitores com Cristo encarnado (1.3). Saber que seus filhos na fé estavam na sã doutrina era sua maior alegria como bom pastor (1.4)

Data da primeira publicação

A tradição Cristã é unânime em afirmar que o apostolo João passou seus últimos anos de vida da província de Éfeso, um dos centros urbanos mais importantes do império romano. A ausência de referencias pessoal indica que ele foi redigita, em estilo homilético, a fim de servir como material de estudo e pregação para todos os Cristãos da Ásia menor. Os eruditos atuais concordam que está carta tenha sido escrita logo depois do evangelho segundo João, e antes da perseguição implementada por Domiciano no ano 95 d.C. Estudos históricos e arqueológicos recentes apontam para o ano 89 d.C., como data da sua primeira publicação.



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